Marito, o novo presidente do Paraguai, quer mais quatro pontes com o Brasil

O encontro dos presidentes no Palácio do Planalto. Foto: Cesar Itiberê\PR

O presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse ao presidente Michel Temer, hoje (11), que “é inaceitável que, com todo o comércio e oportunidades que temos juntos, tenhamos apenas uma ponte”.

Ele quer mais quatro: duas em Foz (ligando a Hernandarias e Presidente Franco) e duas no Mato Grosso do Sul, pra dar vazão principalmente à soja do Centro-Oeste brasileiro.

O Brasil foi o destino da primeira viagem de Abdo ao exterior após a eleição. Ele toma posse no dia 15 de agosto, em Assunção, para um mandato de cinco anos.

O presidente eleito do Paraguai disse ter feito a Temer a proposta de “aprofundar o processo” para a construção de quatro pontes de ligação entre os países. A construção das pontes é uma demanda antiga do país vizinho.

Mario Abdo Benítez relatou que também conversou com Temer sobre a necessidade de fortalecer a ação coordenada em parceria com o governo brasileiro para combater o crime organizado,o narcotráfico e lavagem de dinheiro.

“O crime organizado é o que melhor se globalizou no mundo de forma eficiente. Tem que haver esforço compartilhado entre todas as nações para enfrentar com eficiência e eficácia esse flagelo”, disse.

O presidente eleito também falou em fortalecer os laços comerciais entre os países e o turismo de compras.

Eleição

Segundo Abdo, o presidente Temer disse que irá ao Paraguai em 15 de agosto participar de sua cerimônia de posse.

As eleições no Paraguai ocorreram em 22 de abril, quando Mario Abdo obteve 46,49% dos votos, e o segundo colocado, Efraín Alegre, conquistou 42,73%. A diferença foi de pouco mais de 95 mil votos.

Empresário do ramo de marketing, Abdo foi alvo de críticas durante a campanha eleitoral por causa da relação do pai dele com a ditadura militar de Alfredo Stroessner.

Mario Abdo, o pai do presidente eleito, foi secretário particular de Stroessner.

O presidente eleito chegou a afirmar que Stroessner fez muito pelo país, acrescentando que discorda das acusações de violação dos direitos humanos, tortura e perseguição cometidos durante o regime militar.

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