Marmanjos brincando com carrinhos? Não, estudantes disputando com protótipos programados

                     Parecia uma brincadeira, mas a coisa era séria. Estudantes da Unioeste participaram de uma competição com protótipos de carrinhos programados por eles e conduzidos por meio de celulares.

A disputa foi na EcoVila, a minicidade do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), e reuniu na sexta-feira (5) cerca de 70 alunos dos primeiros anos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica.

O objetivo era que os estudantes colocassem em prática o conhecimento sobre ferramentas de programação aprendido em sala. A ação contou com apoio do PTI por meio do Centro Latino-Americano de Tecnologias Abertas (Celtab).

Esta é a primeira edição da disputa, conforme a professora Eliane Nascimento Pereira, uma das coordenadoras do projeto. Divididos em grupos de quatro integrantes, os estudantes deveriam programar seus protótipos com códigos específicos para guiarem os carrinhos por três voltas ao longo do circuito da Ecovila, controlados pelo celular.

Nessa primeira etapa os alunos competem entre os colegas do mesmo curso. As próximas fases da competição, previstas para ocorrerem até o início de dezembro, incluem uma nova corrida com protótipos seguidores de linha e, por fim, corridas com obstáculos entre os finalistas dos três cursos.

A professora disse ainda que a ação visa, futuramente, envolver também acadêmicos do curso de Matemática da instituição, possibilitando aos alunos o desenvolvimento dos seus próprios protótipos ao longo da graduação.

Robótica

O Celtab contribui para a realização do projeto por meio do desenvolvimento dos protótipos em parceria com a Unioeste. Segundo José Alberto, trainee em Engenharia Elétrica do Celtab, a ideia de promover a competição surgiu a partir do trabalho com o projeto Aprender e Crescer, que promove a formação de jovens na área de programação, viabilizado no PTI por meio do Programa de Educação e Cultura.

Para José, a corrida possibilita aos jovens um primeiro contato com a robótica, amadurecendo suas habilidades até que possam elaborar protótipos cada vez mais autônomos.

O diretor superintendente do PTI, Jorge Augusto Callado, destacou que o PTI incentiva essas iniciativas pois entende que a inovação passa por um processo muito forte por meio do ensino na área técnica e cientifica.

“O PTI está apoiando essas ações até para que tudo que for produzido de inovação dentro do nosso Parque seja disponibilizado para a população, e a extensão das universidades acaba sendo um bom canal para isso”, ressaltou o diretor superintendente.

Diversão

A experiência foi positiva, avaliou Eduardo Kenji Sakamoto, acadêmico do curso de Ciência da Computação, que venceu esta primeira etapa.

“Para mim, como calouro, foi uma coisa magnífica já ter a oportunidade de colocar as lições do curso em prática”, comentou o aluno.

Por nunca ter tido contato com o Arduino – plataforma utilizada para a programação dos veículos –, Eduardo comentou estar satisfeito por ter conseguido participar da corrida. “Foi muito divertido, especialmente por chegar em primeiro, apesar de ainda termos muito para melhorar antes da próxima fase”, completou o aluno.

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