O comerciante lançou veneno contra um grupo de alunos do Colégio Flávio Warken quando eles estavam praticando o maracatu.
Segundo reportagem de Vacy Álvaro para o site H2Foz, o comerciante se chama Rosalvo Machado de Souza. A pedagoga Sandra Marli da Rocha Rodrigues, mãe de uma das estudantes, disse ao site que “esse senhor já demonstrou outras vezes que não gosta dos ensaios das crianças. Mas hoje essa atitude foi de extrema violência, desrespeito, preconceito e covardia”.
Embora no vídeo o comerciante diga que o maracatu “não é cultura”, ao H2Foz ele mudou o discurso: “Não tenho nada contra o maracatu. A minha queixa é sobre o barulho e esse incômodo que ninguém resolve. Isso irrita a todos os comerciantes aqui do bairro. Há uns quarenta dias atrás a Fundação Cultural ou a Secretaria de Educação veio aqui, conversamos e deixamos claro que não queríamos essa perturbação”, disse.
O vídeo com a cena provocou revolta nas redes sociais.
A nota do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular
CRIANÇAS SÃO VÍTIMAS DA INTOLERÂNCIA NA VILA C
Um comerciante da região da Vila C lançou veneno contra crianças e adolescentes que participam de oficinas artísticas de maracatu.
O Ponto de Cultura Maracatu Alvorada Nova é um projeto realizado no Colégio Flávio Warken e em outros espaços públicos da cidade, em período de contraturno, por meio de programa mantido pelo Ministério da Cultura e a prefeitura de Foz do Iguaçu. O instrutor do projeto, João Otávio Lourenço, denunciou o ato de violência:
Meu nome é João Otávio Lourenço.
Sou instrutor de Maracatu (um ritmo musical nordestino) e desenvolvemos um projeto cultural Maracatu Alvorada Nova no colégio Flávio Warken na Vila C Velha.
Este projeto é apoiado pela prefeitura e realizado em conjunto com a equipe multidisciplinar do colégio, sendo realizado nos períodos de contraturno dos alunos.
Na manhã de hoje fomos ameaçados por um senhor que possuI uma loja na frente da Praça do Bairro.
Não contente, o mesmo cidadão retornou e jogou VENENO nos alunos (menores de idade).
Estamos em choque com a cena e envio o vídeo como uma forma de denúncia de um claro exemplo de intolerância e violência.