Menos mal? Varíola dos macacos tem menor poder de transmissão do que a Covid-19

A doença não deixa sequelas, mas as lesões podem gerar cicatrizes.

varíola macado

O docente e pesquisador Kelvinson Viana diz que o momento não é para pânico. Foto: captação de vídeo/UNILA

A pandemia de Covid-19 deixou as pessoas mais atentas e mais temerosas. A notícia do registro de casos de varíola dos macacos em humanos, em diferentes países, incluindo o Brasil, acendeu a luz de alerta. O docente e pesquisador Kelvinson Viana, no entanto, diz que o momento não é para pânico. “O vírus que está circulando pelo mundo tem uma baixa virulência e causa uma infecção mais branda”, diz. Além disso, a transmissão “precisa de um contato mais íntimo, mais próximo, [e do] contato com as secreções das lesões de pele”.

Veja a entrevista completa do pesquisador no canal da UNILA no YouTube.

A varíola dos macacos, ou dos símios, é muito semelhante à varíola humana, doença já erradicada, explica o docente, que pesquisa temas relacionados a doenças infecciosas, vacinas e diagnósticos. A varíola é caracterizada pelo aparecimento de lesões na pele (bolhas), dor muscular e febre, que enfraquecem o sistema imunológico, podendo ser registradas infecções secundárias. A doença não deixa sequelas, mas as lesões podem gerar cicatrizes. Não há registros de morte em decorrência da contaminação pelo vírus em circulação, diz Kelvinson, lembrando que a doença é endêmica no continente africano, principalmente na Nigéria, República Democrática do Congo, Serra Leoa e Libéria.

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