Mercado brasileiro rejeita oferta de energia do Paraguai

Paraguai quer vender a US$ 50, mas consegue oferta máxima de US$ 21 no mercado livre brasileiro

Mirante do vertedouro da Itaipu Foto: Adriana Kny Schossler/JIE

A estatal paraguaia Ande (Administração Nacional de Eletricidade) habilitou sete empresas no leilão que viabiliza a venda de energia no mercado livre do Brasil, na última sexta-feira (6).

Os preços variaram entre US$ 7,73 e US$ 21,03 o MWh (megawatt-hora), valores que ficaram abaixo das expectativas do Paraguai, de pelo menos US$ 50 o MWh, disseram fontes. A definição da Ande sobre vender ou não a esses preços será tomada em cerca de dez dias.

As informações são da Agência Infra e podem ser conferidas AQUI.

O maior lance foi proposto pela Infinity Comercializadora, seguido pela Matrix Comercializadora e Âmbar Energia, do Grupo J&F. O certame colocou à venda 100 MW médios gerados na hidrelétrica de Acaray, que tem cerca de 200 MW de capacidade instalada.

Das onze empresas brasileiras interessadas, sete foram habilitadas com propostas de preço e tempo de contrato conforme descrito a seguir:

1) Enel Trading – USD 10,11/MWh de janeiro de 2025 a dezembro de 2026;
2) Matrix Comercializadora – USD 12/MWh por três anos (mínimo um ano);
3) Infinity Comercializadora – USD 21,03/MWh por seis anos;
4) Âmbar Energia (J&F) – USD 10,33/MWh por seis anos;
5) Engelhart CTP Brasil (BTG) – USD 7,73/MWh por três anos;
6) Kroma Comercializadora – USD 8,68/MWh por seis anos;
7) Vitol Power Brasil – USD 8,66/MWh de janeiro de 2025 a dezembro de 2030.

Ficaram de fora as comercializadoras Inpasa, Mercosur Energy, RZK e Volt Energy, que também se apresentaram para importar a energia.

Acordo de Itaipu
A venda de energia do Paraguai para o Brasil faz parte dos termos negociados para a reformulação do Anexo C do tratado de Itaipu. A ideia construída entre os dois países é que o Paraguai possa comercializar no ACL (Ambiente de Comercialização Livre) brasileiro a energia advinda de Itaipu que não for consumida localmente, a partir de 2027.

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