O novo ministro de Educação e Ciências do Paraguai, Eduardo Petta, está às voltas com um problemão: os funcionários fantasmas.
Alguns, “fantasmas” mesmo, pois são professores que já morreram.
Prefeitos, vereadores, integrantes da Igreja Católica e até funcionários falecidos, mas cujos salários continuam sendo pagos, integram o esquema de ilegalidades, segundo o ministro.
O ministro já solicitou o cruzamento de dados dos contratos de trabalho do MEC com os do Registro Civil e da Justiça Eleitoral, para apurar as denúncias.
“Há políticos que administram prefeituras ou vereadores que recebem por aulas e queremos conferir se os horários coincidem”, disse Petta.
O mais grave é que até professores já falecidos continuam “recebendo” salários, confirma o ministro.
Em fevereiro de 2016, já havia 574 casos confirmados de funcionários fantasmas em todo o país. O processo de investigação levou dois anos de trabalho.
O Ministério de Educação tem 80 mil funcionários, entre administrativos e docentes.