Moda de viola

Hoje canto, curto as letras e penso: qualquer hora vou tentar fazer umas letras, aí, sim, envolvimento total.

Foto ilustrativa: Pixabay

Moda de viola

*Por Carlos Galetti

Fui convidado para uma moda de viola, agora sem trauma, antes me imaginava cantando aquelas músicas, clássicos da moda sertaneja. Um carioca da gema e do ovo, como se diz na minha terra.

Foi algo que fui absorvendo, pois sempre vi e ouvi Rolando Boldrin, desde que era ator. Com o tempo começamos a curtir Almir Sater, Renato Teixeira e Sérgio Reis. Hoje canto, curto as letras e penso: qualquer hora vou tentar fazer umas letras, aí, sim, envolvimento total.

As pessoas te chamam para quilo que sabe que você curte. Confesso que sou até eclético, pois gosto muito de música, penso que as diferenças podem ser juntadas, dando excelentes resultados.

No tempo em que estudava em colégio civil, antes de entrar no Colégio Militar, participei de um projeto da falecida TV Tupi, que desenvolveu no nosso Colégio Cardeal Leme um coral, do qual fiz parte, tendo até atuação como Cantor Principal, recebendo à época até aulas de canto.

Alguns dirão que era prendado, sim era verdade, gostava daquilo, me animou bastante, rendeu-me grandes ensinamentos e conhecimentos, marcando minha vida sobremaneira.

Pelo fato de viver somente com meu pai, já que minha mãe havia falecido quando eu tinha sete anos, fui criado ouvindo música, e música da antiga. Quando ainda em tenra idade, frequentava rodas de adultos cantando músicas que a maioria não conhecia. Enfim, fui criado em torno da música.

A moda de viola que atendi ao convite, me proporcionou momentos de ímpar felicidade, ouvindo música de excelente padrão, exercitando minha prática de canto. E as músicas, muito bem escolhidas, nos traziam recordações de tempos idos, que pareciam insistir em voltar.

Rolou tudo, desde MPB até aquelas canções destaques no cancioneiro sertanejo. Viajamos com Chico, conversamos com Zé Ramalho, nos embalamos com Fagner, enfim participamos com todos e mais um pouco.

Dava vontade que não saíssemos daquele momento, que aquela mágica não se desfizesse. Nos agarrávamos com unhas e dentes nas notas, nos acordes, na sonorização.

Pena que acabou, mas nos apraz o fato de saber que logo tem mais. Tomara que seja logo. Tomara meu Deus tomara. Ih! Pedaço de uma música.

Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

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