Mosquito contaminado: a nova “arma” no combate à dengue em Foz

Um estudo realizado na Indonésia apontou redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam os mosquitos com Wolbachia

As reuniões com a gestão municipal, membros do Comitê de Combate à Dengue, Comus (Conselho Municipal de Saúde), 9ª Regional e demais setores da prefeitura acontecem desde o mês passado e são conduzidas pelos representantes do WMP Brasil/Fiocruz. Foto: PMFI

Uma das cidades selecionadas pelo Ministério da Saúde para receber a metodologia, Foz do Iguaçu deu início aos trabalhos para implantação da Wolbachia, com o objetivo de reduzir a transmissão da dengue e outras arboviroses.

O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. Tal bactéria impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no organismo do mosquito.

O objeto é fazer com que, uma vez soltos com essa bactéria, os “Wolbitos”, como são chamados, contaminem os mosquitos infectados existentes na cidade, para que eles também não desenvolvam mais essas doenças, acabando com o ciclo de transmissão aos humanos.

Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações.

Um estudo realizado na Indonésia apontou redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam os mosquitos com Wolbachia. No Brasil, dados preliminares apontam redução 69% nos casos de dengue e de 56% nos de Chikungunya e 37% dos casos de Zika em Niterói (RJ).

Os primeiros bairros contemplados são: Porto Meira (Ouro Verde, Profilurb I e II), Campos do Iguaçu, Jardim América, Jardim São Paulo I e II; Morumbi I e III, Porto Belo, Vila C, Cidade Nova, Portal da Foz e Três Lagoas (Lagoa Dourada, Sol de Maio, São João).

Com informações: Assessoria WMP/Fiocruz

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