Mosquitos do bem contra mosquitos do mal em Foz

Eles devem contaminar os mosquitos presentes no meio ambiente com bactéria que impede dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam no organismo deles

Uma vez que os mosquitos com wolbachia são liberados no meio, eles se reproduzem com aqueles que já estão presentes no ambiente, contribuindo, assim, para a permanência da Wolbachia nas gerações futuras. Foto: Alessandro Vieira/WMP Brasil

Começou nesta segunda-feira (26) a soltura dos primeiros Wolbitos (Aedes aegypti com Wolbachia), em Foz do Iguaçu e Londrina, nas regiões Oeste e Norte do Paraná.

No total, serão cerca de 20 semanas de liberação dos mosquitos em diversas localidades dos dois municípios. Até ao fim do ano, de segunda a sexta-feira, equipes treinadas percorrem as áreas selecionadas, liberando os mosquitos, que chegam para reforçar o combate contra a dengue, Zika e chikungunya.

A wolbachia é um microrganismo intracelular presente naturalmente em 60% dos insetos, mas que não está presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus dessas doenças se desenvolvam, contribuindo para redução de casos.

Uma vez que os mosquitos com wolbachia são liberados no meio, eles se reproduzem com aqueles que já estão presentes no ambiente, contribuindo, assim, para a permanência da Wolbachia nas gerações futuras.

Estão previstos para esta semana a soltura de 1,3 milhão de mosquitos em Foz do Iguaçu e 3 milhões em Londrina. A ação é desenvolvida pelo World Mosquito Program (WMP) em conjunto com as equipes de vigilância ambiental dos municípios.

Há cerca de um mês as fábricas para o desenvolvimento do método foram inauguradas nessas localidades. Os Wolbitos não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.

Até o fim do ano, está prevista a liberação de 26.156.800 Wolbitos em Foz do Iguaçu e 58.087.000, em Londrina.

Com informações da AEN

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