Motociclista atingida por linha de pipa se recupera, apesar do susto

As linhas usadas nas pipas, seja com ou sem cerol, podem ferir pessoas e animais

Foto ilustrativa: Pixabay

*Por Cris Loose, especial para o Não Viu?

No meio da tarde do domingo (23), uma motociclista de apenas 25 anos que voltada do mercado foi ferida no pescoço, por uma linha de pipa. De acordo com a mãe da moça, por sorte ela não estava correndo.

Ao se desvencilhar da linha e ver sangue escorrendo pelo corpo, a jovem conseguiu seguir por mais duas quadras e chegar à casa onde mora com a mãe, no bairro Morumbi. Uma vizinha chamou o Siate que prestou os primeiros socorros e a encaminhou ao Hospital Municipal.

A mãe da moça, dona Olinda de Moraes, contou que o corte foi profundo, mas felizmente as cordas vocais não foram atingidas. “Ela está cansada já que é difícil comer e ela não consegue se deitar, mas está se recuperando”, disse a mãe.

A pipa foi localizada pelos vizinhos e a situação foi encaminhada para a Polícia Civil, mas até agora, os responsáveis não foram identificados. Dona Olinda disse que o material parece conter a chamada “linha chilena”, bem mais cortante que o cerol.

Ela também contou que a filha anda de moto há cerca de três anos e que nunca tinha sofrido nenhum acidente. Mesmo assim, já vinha pensando em trocar a motocicleta por um carro.

Casos do Paraná – De acordo com o Comandante do 9º Grupamento de Bombeiros de Foz do Iguaçu, tenente-coronel Amarildo Roberto Ribeiro, só no primeiro semestre deste ano, foram registrados 15 salvamentos de animais que ficaram enroscados ou que se machucaram por causa das pipas.

Além disso, o Corpo de Bombeiros registrou em todo o estado, nove casos de pessoas que sofreram lesões e precisaram de atendimento pré-hospitalar, além de um acidente que acabou envolvendo uma motocicleta.

Em todo o ano passado foram registrados 30 salvamentos de animais, 16 atendimentos pré-hospitalares e cinco acidentes envolvendo motocicletas e pipas, no Paraná.

Prevenção – O tenente-coronel explicou que os acidentes envolvendo pipas não ocorrem com tanta frequência, apesar de “serem traumáticos para as vítimas”.

A orientação é o uso de antenas corta pipa nas motocicletas. E a atenção redobrada para os ciclistas e, também, para usuários de patinetes elétricos e skates, por exemplo, já que as linhas são praticamente invisíveis e podem atingir qualquer pessoa que esteja a uma certa velocidade, inclusive correndo”, explicou.

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