MUV, o Uber paraguaio, também sofre perseguição em Assunção

Foto: Arquivo Última Hora

Em Assunção, não tem Uber. Tem MUV. O sistema é praticamente igual ao do aplicativo americano, mas foi desenvolvido por paraguaios para funcionar nas condições do Paraguai.

No entanto, o MUV enfrenta em Assunção a mesma dificuldade que outros aplicativos têm em cidades como Foz do Iguaçu, por exemplo: ameaças de taxistas e perseguição das autoridades de trânsito.

E atenção, vizinhos: até o fim deste ano, o MUV deve chegar a Ciudad del Este. Já dá pra imaginar a guerra.

Sergio Mura, o criador do MUV, morou nos Estados Unidos e, junto com o irmão, Alan Peña, decidiu desenvolver o aplicativo porque “se fôssemos esperar pelo Uber, poderia se passar uma eternidade”.

Hoje, o MUV tem 21 mil usuários e cerca de 300 motoristas. O criador diz que o aplicativo está registrado no Ministério de Indústria e Comércio, tem patente municipal, emite fatura eletrônica e oferece diversas modalidades de pagamento.

No entanto, os carros não têm seguro, porque a legislação paraguaia não exige. O MUV está procurando seguradoras para obter planos promocionais para os “muvers”, como são chamados os motoristas.

Mas os motoristas têm que ter habilitação, não ter antecedentes criminais e o veículo é inspecionado. O aplicativo ainda faz capacitação tributária aos motoristas.

Retenção

A situação vivida por um condutor de MUV dá uma ideia do que esses motoristas enfrentam. Parado por guardas de trânsito que aparentemente já sabiam que ele tinha cometido uma pequena infração, ele ficou com o carro retido durante quatro dias, além de pagar a multa, claro.

Um vereador de Assunção descobriu que o procedimento dos agentes da Policía Municipal de Trânsito estava obedecendo a ordens por escrito: ficar de olho no MUV e, em qualquer situação, apreender os veículos.

Marco regulatório

Ouvido pelo ABC Cardinal, a propósito da queixa do motorista, o prefeito de Assunção, Mario Ferreiro, disse na segunda, 3, que já deu ordem para que não sejam mais retidos os veículos dos “muvers”.

Mas disse que a plataforma precisa ter um marco regulatório, como qualquer outro serviço, “em benefício do passageiro”. causa.

Fontes: Última Hora e ABC Color

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