Nanci: um pequeno drama (ou comédia?) em poucos atos

Atores principais: Nanci Rafain e João Miranda. Coadjuvantes: os demais vereadores.

A vereadora Nanci Rafain e o vereador João Miranda protagonizam este pequeno drama (comédia?) da política de Foz do Iguaçu. É uma história simples, mas, infelizmente, mal contada.

É assim:

Sessão da Câmara, 21 de setembro de 2017: entre os vereadores, não está Nanci Rafain. Ela justificou seu afastamento com atestado de um médico da região de Curitiba.

Rio de Janeiro, 22 de setembro: Nanci dança e faz selfies em show do Rock in Rio.

Fevereiro de 2018: a Câmara recebe denúncia da presença dela na festa do rock e Nanci pede afastamento da presidência do Conselho de Ética.

Abril de 2018: Câmara aceita denúncia por quebra de decoro contra Nanci. O vereador João Miranda foi escolhido em sorteio para ser o relator do Conselho de Ética.

Nanci justificou: ela consultou o médico, em Campina Grande do Sul, e depois foi ao Rio, onde sentiu-se melhor a ponto de poder assistir ao show.

Mais tarde, a defesa corrige: a consulta foi por telefone, lá do Rio, onde ela sentiu fortes dores no joelho.

Maio de 2018: O médico “consultado” diz que o atestado apresentado por Nanci é falso.

Ontem, 5 de junho: Nanci divulga uma carta aberta à população onde conta que uma pessoa de sua confiança “afirma ter buscado o atestado das mãos do médico”. E que apenas utilizou o documento, e não responde por “sua confecção”.

Hoje, 6 de junho: depois de ler seu looooongo relatório, o vereador João Miranda, visivelmente emocionado (até às lágrimas), conclui que Nanci deve ser punida. Entendeu-se inicialmente que ele havia pedido seis meses de suspensão do mandato. Depois, ficou claro que a punição seria uma suspensão por 30 dias.

Happy end or not?

O drama ainda não terminou. Falta a aprovação do relatório pelos demais vereadores. Se aprovarem, Nanci cumprirá o castigo. Se não aprovarem, elege-se novo relator e a história continua.

De qualquer forma, um drama ruim (comédia?) com atores mambembes. Nós, na plateia, não sabemos se rimos ou choramos.

Choremos, não por eles, mas por nós.

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