“Não sou herói”, diz herói que liderou equipe do resgate de meninos da Tailândia

Foto: Alexandre Marchetti

Modesto, o comandante da elite da Marinha Real Tailandesa, contra-almirante Arpakorn Yuukongkaew, não se considera herói no resgate de 12 garotos e um professor de futebol, que ficaram presos em uma caverna na Tailândia.

O militar afirma: “Não sou herói! Foi um trabalho conjunto e não posso centrar em mim o resultado da operação”.

Arpakorn Yuukongkaew visitou Itaipu ontem, 23, onde foi recebido pelo Corpo de Bombeiros da usina.

Já no início do passeio, ele ficou impressionado: “Nunca vi uma barragem tão grande!”

O contra-almirante esteve em Foz do Iguaçu para participar do encerramento da 18ª edição do Seminário Nacional de Bombeiros (Senabom 2018), que reuniu cerca de 3 mil bombeiros de todo o País, durante três últimos dias.

Arpakorn e sua comitiva fizeram questão de visitar o Bosque dos Visitantes de Itaipu, para ver a árvore plantada pelo então príncipe (hoje rei) tailandês, Maha Vajiralongkorn, em 1993, e pela princesa tailandesa Chulabhorn, em 1992.

Atuação dos bombeiros

Foto: Alexandre Marchetti

O coordenador paraguaio da Equipe de Bombeiros de Itaipu, Juan Manuel Acosta, mostrou como eles atuam na empresa. São 23 bombeiros brasileiros e 25 paraguaios que se revezam em turno, de prontidão 24 horas por dia.

Segundo o bombeiro Edson Vidal, os profissionais da Itaipu passam por mais de 20 tipos de simulados de resgate.

“Uma de nossas atuações é o resgate em espaço confinado, seguindo a NR [Norma Regulamentadora] 33”, explica Vidal.

“Dentro da usina há vários locais de trabalho confinado, como a cota 20 e a cota 40. Em qualquer autorização de trabalho para um local destes deve constar o acompanhamento de um bombeiro”, conclui.

Resgate na Tailândia

No dia 23 de junho deste ano, um grupo de 12 garotos mais o técnico de futebol do time infantil Javalis Selvagens foram explorar o interior da caverna Tham Luang, na província de Chiang Rai, norte da Tailândia.

Uma tromba d’água naquele mês chuvoso acabou prendendo o grupo por duas semanas dentro da caverna.

O resgate dramático, acompanhado pelo mundo inteiro, contou com a ajuda de dezenas de bombeiros, mergulhadores, militares e voluntários da Tailândia e de vários outros países.

Eles passaram dez dias no escuro até serem encontrados pelo primeiro mergulhador. Muitas ideias de resgate foram feitas neste período até que, no dia 7 de julho, eles decidiram trazer a nado os meninos para fora da caverna.

A operação durou três dias, até que o último menino foi resgatado.

A BBC Brasil fez um especial contando toda a história do emocionante resgate.

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