Em apenas um ano, o ex-governador do Paraná Beto Richa foi preso pela terceira vez, nesta terça-feira (19), informa o repórter Fausto Macedo, do jornal O Estado de S.Paulo
Desta vez, Beto Richa foi preso por suspeita de obstrução da Justiça, na fase 4 da Operação Quadro Negro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Também foram solicitadas as prisões do ex-secretário do Governo do Paraná Ezequias Moreira e o empresário Jorge Atherino.
O ex-governador havia sido capturado na Operação Radiopatrulha, também do Gaeco, e ainda pela Operação Integração, desdobramento da Lava Jato na Justiça Federal.
A Operação Quadro Negro investiga desvios de R$ 22 milhões por meio de aditivos contratuais sobre a construção e reformas de escolas estaduais. O inquérito mira ainda os crimes de corrupção, fraude à licitação e organização criminosa.
O salvo conduto expedido para Beto Richa e seus familiares pelo ministro do STF Gilmar Mendes, na sexta-feira (15), vale apenas para as Operações Rádio Patrulha e Integração.
Defesa
Veja abaixo a defesa dos acusados, enviada ao jornal O Estado de S.Paulo.
“A defesa de Carlos Alberto Richa esclarece que a determinação de prisão exarada hoje não traz qualquer fundamento. Tratam-se de fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos. Cumpre lembrar que as fraudes e desvios cometidos em obras de construção e reforma de colégios da rede pública de ensino foram descobertos e denunciados pela própria gestão do ex-governador Beto Richa. Por orientação do ex-governador, no âmbito administrativo, todas as medidas cabíveis contra os autores dos crimes foram tomadas. A defesa repudia o processo de perseguição ao ex-governador e a seus familiares; todavia, segue confiando nas instituições do Poder Judiciário.” Guilherme Brenner Lucchesi.
O advogado Luiz Carlos Soares da Silva Júnior afirmou que Jorge Atherino ‘está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos’.