Os comerciantes de Puerto Iguazú, na Argentina, cidade ligada a Foz do Iguaçu, no Brasil, pela Ponte Tancredo Neves, estão preferindo receber suas vendas em reais, em vez de pesos argentinos, devido à disparada da inflação no país vizinho.
Nos últimos doze meses, a inflação na Argentina atingiu 71%. Só no mês de julho passado, a inflação foi de 7,4% (a maior inflação dos últimos 20 anos e já supera a da Venezuela).
A título de comparação, a inflação estimada para o Brasil em todo o ano de 2022 é de 7,5%.
Segundo reportagem do jornal Hoje, veja a matéria aqui, desta sexta-feira (12), os salários já não acompanham os reajustes diários e a população está sofrendo muito.
Pior: as previsões do Banco Central da Argentina são de que a inflação chegue a 90,2% em 2022 e 76,6% em 2023.
Opinião
Vale ressaltar que o ex-presidente Lula, candidato a presidente do Brasil, já afirmou que, se eleito, não vai respeitar o teto de gastos e chamou a regra de “irresponsável”, o que pode acender o estopim da hiperinflação.
O teto de gastos foi aprovado ainda em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB). O mecanismo limita os gastos públicos em 20 anos, com aumentos que seguem os índices de inflação.
Resumo da ópera: a esquerda conseguiu transformar a Argentina numa nova Venezuela.