Nas mãos do prefeito, de sua esposa e dos vereadores de Foz, dívida da Fundação de Saúde chega a R$ 100 milhões

Em nota divulgada à imprensa, Chico Brasileiro tenta terceirizar a culpa pela situação

Promotor foi entrevistado pelo programa Contraponto desta sexta-feira. Foto: reprodução do facebook

A recomendação do promotor de Justiça Luis Marcelo Mafra de intervenção na Fundação Municipal de Saúde, responsável pela administração do Hospital Municipal, encaminhada ontem (17) ao prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, abriu “a caixa-preta” da situação da saúde no município.

Segundo o que foi revelado pelo programa Contraponto, nesta sexta-feira (18), da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu, o rombo financeiro dessa fundação deve chegar a R$ 100 milhões.

Ainda nesta sexta-feira, a prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento, que pode ser lida aqui, na qual tenta eximir a responsabilidade do prefeito Chico Brasileiro sobre essa situação, mas que, na verdade, é uma forma de terceirizar a culpa por esse prejuízo.

A bem da verdade, Chico Brasileiro e sua esposa, Rosa Jerônymo, atual secretária de Saúde, são, sim, os responsáveis por essa desorganização, conforme enfatizou, e explicou, o promotor Mafra, em entrevista aos 11 minutos do programa Contraponto de hoje, que pode ser ouvida aqui.

“Com certeza, eu vou me insurgir contra isso”, disse o promotor.

Essa situação nunca deveria ter chegado a esse ponto, se os vereadores da cidade, que ganham uma fortuna dos contribuintes, cumprissem a missão de fiscalizar as contas públicas.

Porém, o prefeito tem a maioria dos vereadores, a chamada bancada “Amém, Chico!”, como aliada política, o que impede qualquer manifestação dela nesse sentido.

Vale lembrar, eleitores, que Rosa Jerônymo e o presidente da Câmara Municipal, Ney Patrício, já manifestaram pretensões de disputar cargos políticos nas próximas eleições.

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