Nem o Observatório Social conseguiu abrir a “caixa-preta” dos gastos do Hospital Municipal de Foz

Uma caixa-preta que escondem mais de R$ 200 milhões por ano

Hospital Municipal de Foz. Foto: divulgação

Ontem, 19 de fevereiro, na apresentação do relatório quadrimestral de 2024 do Observatório Social em Foz do Iguaçu (OSB-FI), detalhada pelo voluntário da entidade Haralan Mucelini, se destaca a informação de que só o “Hospital Municipal Padre Germano Lauck não vem alimentando, há algum tempo, as informações sobre como gasta o dinheiro público”.

Resumo da ópera:  no período, voluntários e técnicos do observatório acompanharam quase a totalidade das licitações e pregões feitos pela prefeitura, Câmara e outros órgãos, com exceção das compras do hospital.

Para se ter uma ideia do volume de dinheiro consumido pelo Hospital Municipal, basta ressaltar que, em 2023, por exemplo, ele recebeu R$ 209,4 milhões, sendo que 56,6% desse montante veio de fontes próprias do município; 37%, da União; e apenas 6,3%, do governo estadual.

Pior: os elevados gastos em saúde para a manutenção do Hospital Municipal não garantem a qualidade do serviço, pois isso desguarnece a rede básica e as especialidades, segundo o OSB-FI revelou em novembro de 2024.

Traduzindo: durante os últimos quatro meses da gestão do ex-prefeito Chico Brasileiro, pelo menos, o gasto dos recursos desse hospital se tornou outra “caixa-preta”, escondida nas entranhas da burocracia da Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Observatório
Desde 2011, o trabalho do Observatório resultou em R$ 82,3 milhões de economia aos cofres de Foz do Iguaçu.

A entidade, integralmente voluntária e que não recebe subvenções públicas para manter a independência, é um instrumento para o cidadão exercer o controle social, por meio de metodologia comprovada e grupos de trabalhos em áreas como obras, educação fiscal, meio ambiente, educação, saúde e outras.

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