No Paraguai, polícia investiga acusada de “gato” milionário de energia

A energia furtada abastecia uma fazenda de criptomoedas funcionando no município de Hernandárias

Fazenda investigada por furto de energia. Foto: ANDE

Um mulher está sendo acusada de administrar uma “fazenda ilegal de criptomoedas”, em Hernandárias, no Paraguai.

Durante uma operação policial foram encontradas quase 700 máquinas que vinham sendo usadas na mineração de criptomoedas. O complexo tinha permissão para operar com apenas 100 máquinas, mas estava operando com uma capacidade muito superior.

Os equipamentos eram alimentados por um transformador sem identificação.

O promotor Julio Paredes acusou a responsável pela estrutura pela suposta manipulação do medidor elétrico, que teria causado prejuízos milionários à Administração Nacional de Energia Elétrica. Após cumprir o mandado, o Ministério Público apreendeu os equipamentos que funcionavam irregularmente. Os equipamentos foram transferidos para o armazém do Ministério Público, no bairro Fátima, em Ciudad del Este.

Apontada como responsável pelo local, a mulher vai responder, agora, por furto de energia elétrica, crime previsto e punível pelo Código Penal do Paraguai.

A investigação do caso começou com uma denúncia apresentada pelas autoridades da ANDE.

Na segunda-feira (20), o local foi vistoriado por ordem do juiz Nelson Ojeda e na ocasião, a delegação do Ministério Público, da Polícia e da Ande apreendeu 693 processadores de dados que estavam em funcionamento e um transformador com potência nominal de 4.000 kVA (sem placa nem número).

Segundo a acusação, o local de mineração de criptoativos estava legalmente autorizado a operar com aproximadamente 100 máquinas. Porém, durante a intervenção, descobriu-se que existiam instalações irregulares no fornecimento elétrico e grande parte da economia consumida não era registrada. As fases 1 e 2 foram desconectadas do medidor.

A “energia ilimitada” alimentava o transformador de 4.000 kVA e as 693 plataformas de mineração de criptomoedas.

Com base nos indícios o promotor decidiu indiciar Sandra Elizabeth Franco Olazar, que foi quem assinou o contrato com Ande. Da mesma forma, o representante do Ministério Público solicitou a prisão preventiva da acusada, considerando a gravidade do ato e a elevada expectativa de pena de prisão, que pode chegar até 10 anos de reclusão.

Com informações do Diario Vanguardia

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