Pinçados aqui e ali, no noticiário e nas redes sociais, fatos da semana que passou, em Foz do Iguaçu e na fronteira, que são de corar de vergonha.
Mais imposto
A Acifi disse o óbvio sobre o aumento da alíquota (o óbvio, aqui, não é ululante, porque cai em ouvidos moucos): “Antes de aumentar impostos, é preciso combater de verdade a informalidade e ajustar as contas públicas com redução de despesas”.
Derrota do bom senso. Sentimento de vergonha generalizada.
Propaganda enganosa
Ali do outro lado, em Ciudad del Este, a vergonha de doer foi da loja de Auto-serviço Gran America. Com a maior cara de pau, a loja anunciou a venda de aparelhos de ar condicionado por apenas U$ 49,99. Com o devido alerta: cada pessoa só poderia adquirir uma unidade.
Quando as portas da loja abriram, cedinho, havia uma multidão – a maioria iguaçuenses. Aí, a informação que mata de vergonha o bom lojista: o “estoque” à venda era apenas de cinco aparelhos. Sim, cinco. Só não houve depredação generalizada porque o iguaçuense é muito bonzinho.
Mais vagas
Tudo bem que aquilo ali vai ficar um horror. Mas um morador disse que as árvores do canteiro central “não prestam pra nada”. Se este é o sentimento geral dos moradores da Vila A, bom proveito com as novas vagas.
Mas dá vergonha de se gastar dinheiro (não é muito, porque os comerciantes ajudaram) com um projeto tão chinfrim, que, a propósito, está na contramão do que acontece em cidades civilizadas.
Em Curitiba (que não é tão civilizada assim), moradores conseguiram evitar a construção de um hipermercado numa área com mata. Querem um parque. E provavelmente vão conseguir, tal a gritaria.
O Sul
Como se aqui não tivéssemos as mesmas mazelas do “lado de cima”, a começar pela corrupção.
A briga deveria ser por melhorar a representatividade dos estados, por fazer funcionar de fato uma federação e para que a República corrigisse seus rumos.
Porque o Sul, se virar um país, um dia, continuará igualzinho ao que é o Brasil inteiro – uma tragicomédia.