Mudou o presidente, mas a política de abertura econômica do Paraguai continua a mesma.
Também não mudou a intenção do país de substituir a Ásia como principal origem das importações do Brasil.
A ideia é que as indústrias brasileiras que têm filiais na Ásia se mudem para o Paraguai, aproveitando as vantagens apresentadas pelo governo para fazer investimentos no país vizinho.
“O objetivo é substituir a plataforma da Ásia por uma aqui na fronteira, no Paraguai”, disse Carlos Paredes, diretor do Rediex, órgão de promoção de investimentos do Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai, conforme notícia publicada pela Agência EFE.
Ontem, 26, o governo paraguaio apresentou a um grupo de empresários brasileiros os incentivos ao investimento externo que o Paraguai oferece. Foi dentro da 10ª edição da Expo Paraguai-Brasil, em Assunção.
Segundo Carlos Paredes, o Paraguai oferece o segundo maior retorno ao investimento do mundo, já que a média de rentabilidade do dinheiro investido no país é de 22%.
Entre outras vantagens, ele citou ainda que a economia paraguaia cresceu em média 4,5% ao ano na última década, manteve a inflação abaixo de 5% e oferece segurança jurídica, “já que não mudamos as regras de jogo, apesar de haver mudanças de governo”.
E ainda: o sistema tributário é muito simples – o imposto sobre o lucro empresarial, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços e ainda os encargos pessoais têm taxação de 10%. Pra fechar, o país não taxa compras de matérias-primas e máquinas.
“As leis trabalhistas são muito simples e os sindicatos carecem de força no setor privado, o que faz com que os custos sejam menores que no Brasil”, disse também.
Problemas? Paredes reconhece que existem, principalmente na infraestrutura, inclusive na distribuição de energia. O país também precisa melhorar as condições de vida básicas da população.