Representantes do setor produtivo paranaense, do governo do Paraná, do Ministério da Infraestrutura e a bancada de deputados federais discutiram nesta segunda-feira (25), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o modelo de concessão do novo Anel de Integração do Estado, que deve entrar em leilão até o final deste ano.
Segundo a Agência de Notícias do Paraná, com 3.327 quilômetros de extensão – um incremento de 834 quilômetros no atual traçado – e previsão de R$ 42 bilhões em investimentos, a nova modelagem prevê mais obras, 1.700 quilômetros de rodovias duplicadas em até sete anos, e tarifas de pedágio mais baixas que as atuais.
Pelo projeto elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), os valores pagos pelos usuários serão de 25% a 67% menores, dependendo da praça. Os descontos podem ser ainda maiores para os usuários frequentes e para aqueles que aderirem à cobrança automática.
Na contramão
Porém, o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) e os deputados estaduais do Paraná são contrários à proposta apresentada hoje.
A Frente Parlamentar sobre os Pedágios da Assembleia Legislativa do Paraná vai realizar uma série de ações para tentar mudar o novo modelo de pedágio proposto pelo Ministério da Infraestrutura para as estradas paranaenses.
E, para completar a celeuma, também hoje (25), o Programa Oeste em Desenvolvimento, do qual Foz do Iguaçu faz parte, lançou uma petição pública aberta à sociedade paranaense, na qual afirma o seguinte:
• NÃO ao modelo de outorga onerosa, seja parcial ou total, pois isso se trata de um tributo disfarçado ou ágio;
• aplicação do maior desconto no preço do pedágio, a exemplo de outros estados brasileiros;
• NÃO ao degrau tarifário de reajuste das tarifas de pedágio após a duplicação das rodovias.
Se você quiser ler a petição na íntegra, clique aqui.
Opinião
Vale lembrar que as tarifas de pedágio das estradas do Paraná são as mais caras do Brasil e uma redução mínima de apenas 25% é muito pouco.
Ou melhor: para ser mais franco, um verdadeiro “tapa na cara da população”, que os governos federal e estadual, com um empurrãozinho da bancada de deputados federais do Paraná, estão tentando empurrar goela abaixo dos paranaenses, para beneficiar sabe-se lá quem.
Tudo leva a crer que os empresários do Oeste e os deputados estaduais estão corretos e que a proposta apresentada hoje na Fiep é, na verdade, um contorcionismo (ou um embuste?) para manter os valores bem próximos aos cobrados atualmente.
Alguém duvida?