O Paraguai tem hoje a terceira maior frota fluvial do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, destaca reportagem do jornal espanhol El País.
A frota de 3.600 barcos paraguaios representa mais de 90% de todas as embarcações da extensa via de navegação formada pelos rios Paraguai e Paraná.
A hidrovia Paraguai-Paraná abrange 3.440 quilômetros de extensão. Ela começa em Cáceres, no Mato Grosso, passa pela fronteira com a Bolívia, atravessa o Paraguai e o noroeste da Argentina e termina em Nueva Palmira, no Uruguai.
As embarcações paraguaias levam aos portos uruguaios e argentinos soja paraguaia, boliviana e brasileira, além de minério de ferro do Brasil.
No sentido contrário, o movimento é quatro vezes menor, mas ainda assim é considerado interessante. Pela hidrovia, rio acima, é levado o combustível que atende a demanda do Paraguai e da Bolívia.
A chegada de operadores do exterior, interessados em operar o transporte hidroviário no Paraguai, expulsou muitas empresas locais, conta o El País. Mas uma delas – destaque da reportagem -, a LPG, conseguiu enfrentar a concorrência e crescer muito desde o ano 2000.
A LPG possui, além de embarcações (seis rebocadores, quatro navios e 87 barcaças), um estaleiro, uma empresa de logística terrestre e serviços de estiva, uma empresa dedicada ao processamento e armazenamento de oleaginosas e uma fazenda de 30 mil hectares com 12 mil cabeças e gado para exportação.
Em 2017, o grupo fez operações no valor de US$ 41 milhões.