OEA mostra provas que apontam fraude nas eleições na Venezuela

Secretário-Geral da OEA considera imperativo que Maduro aceite a sua derrota ou que sejam realizadas novas eleições

O Gabinete do Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu, nesta terça-feira, 30 de julho, um comunicado sobre as eleições na Venezuela em que considera “imperativo” que o ditador Nicolás Maduro reconheça os boletins de votação divulgados pela oposição pela oposição e, consequentemente, aceite a sua derrota eleitoral.

“Caso contrário, seria necessário realizar novas eleições, com a presença dos observadores da União Europeia e da OEA, além de um novo Conselho Nacional Eleitoral, para que seja reduzida a margem de irregularidade institucional que assolou este processo”, diz o órgão.

O comunicado sobre o processo eleitoral na Venezuela foi publicado nesta terça-feira, acompanhado do Relatório da Secretaria para o Fortalecimento da Democracia/Departamento de Cooperação e Observação Eleitoral, que aponta, num gráfico na página 22 (reproduzido acima e abaixo), a fraude nas eleições venezuelanas.

O Gabinete do Secretário-Geral afirma que o regime de Maduro zombou de importantes atores da comunidade internacional durante estes anos e mais uma vez entrou num processo eleitoral sem garantias, nem mecanismos e procedimentos para fazer cumprir essas garantias.

“Devemos ter em mente que, em relação às auditorias, o regime está pelo menos 11 anos atrasado, quando se comprometeu com a UNASUL (em reunião em 18 de abril de 2013 em Lima) a realizar uma auditoria de 100% das atas do processo eleitoral em 14 de abril de 2013. É óbvio dizer que nunca foi cumprido. É óbvio que uma nova zombaria seria inadmissível”, acrescenta.

“A informação proveniente destas quatro fontes é coincidente e contrasta com o único boletim oficial
que foi emitido oralmente pela CNE. Cabe à autoridade eleitoral explicar, de forma convincente,
por que os próprios registros do seu sistema de computador contradizem os totais anunciados e
proclamado às pressas”, diz a OEA

Com informações da Agência IP

Sair da versão mobile