De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), neste ano já foram registrados mais de 100 acidentes com escorpiões em Foz do Iguaçu.
O número é considerado alto para o tamanho do município, mas ainda não é alarmante. Entretanto, é preciso atenção, pois a picada desses animais além de muito dolorosa, pode levar ao óbito, especialmente de crianças.
No ano passado, diversas regiões da cidade registraram alta proliferação de animais deste tipo, com destaque para os bairros:
- Campos do Iguaçu
- Jardim Alice
- Conjunto Libra
- Parque Presidente
- Jardim Claudia
Por ano, o número de incidentes com este tipo de animal chega a ultrapassar 500 ocorrências na cidade.
Em caso de picadas, a orientação é procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) o mais rápido possível.
A principal recomendação é, caso possível, levar o animal causador do acidente ou uma foto dele para ajudar no diagnóstico clínico. Ao encontrar um peçonhento, a pessoa jamais deve tentar realizar a captura sozinha.
O ideal é isolar o bicho, com um balde, por exemplo, e acionar o CCZ.
A picada de um escorpião pode causar dor imediata, adormecimento, vermelhidão, suor excessivo, agitação, tremores, náuseas, vômitos, salivação excessiva, dentre outros sintomas graves.
Em qualquer situação é possível solicitar orientações do Centro de Informações e Assistência Toxicológica do Paraná (Ciatox-PR), no telefone 08000 410 148.
Aranhas e abelhas
Os animais peçonhentos se caracterizam pela capacidade de injetar substâncias tóxicas pelas presas. Além dos escorpiões, os acidentes de maior ocorrência são com cobras, aranhas, abelhas e lagartas.
No ano passado, Foz registrou um número considerável de ocorrências com abelhas. Foram mais de 15 incidentes, com destaque para duas mortes. Uma delas ocorreu no Lago de Itaipu, tendo como vítima um pescador que foi atacado por um enxame. Para se proteger ele pulou na água, mas acabou se afogando.
A outra ocorrência foi registrada no bairro Porto Meira, onde um entregador foi picado por centenas de abelhas ao passar por uma rua, onde havia um terreno baldio que havia acabado de ser limpo. O trabalhador chegou a ser socorrido e encaminhado ao poliambulatório, porém não resistiu por ser alérgico.
No período de primavera/verão o índice de ocorrências tende a aumentar, especialmente nos meses entre outubro e dezembro. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em 2022 foram registrados 15.980 acidentes por animais peçonhentos no Paraná. Informações preliminares apontam 20.202 acidentes no ano de 2023, um aumento de 26%.
Com informações do GDia