A última fase da Operação Ágile, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), realizada no último dia 28 de fevereiro, pode ser o fio da meada que levará os investigadores a verificar, também, a emissão de licenças ambientais para alguns loteamentos e condomínios da cidade, segundo apurou o Não Viu?. Tudo depende, agora, do material coletado pela polícia nas duas etapas da operação.
Motivo: há anos, entre os profissionais do setor imobiliário de Foz, se questiona a liberação desse documento para algumas dessas áreas.
De acordo com o Gaeco, as investigações apontam, entre outros atos ilegais, a emissão de licenças ambientais indevidas, mediante ao pagamento de propina. Nessa segunda fase, o alvo foi um funcionário da prefeitura, que antes estava lotado na Secretaria de Meio Ambiente.
Segundo o promotor de Justiça do Gaeco Thiago Lisboa Mendonça, em 2017 ele obteve um “fato” que desencadeou a investigação. O “fato” em questão, quem explica é o próprio promotor: ” fortes indícios da prática de crime para favorecer empreendimento hoteleiro que demandava licença ambiental”.
Porém, o que deve estar deixando muita gente sem dormir, ou só dormir na base do Lexotan, é outra frase do promotor: ” Temos notícia de que esse tipo de prática vinha ocorrendo há anos”. Imagine, caro leitor, o que deve estar sendo investigado pelo Gaeco com base nesse “há anos”, principalmente, se for provado que o servidor acumulou um patrimônio não condizente com o seu holerite – conforme suspeita o MP.
Só para lembrar: a Operação Pecúlio, que desvendou o maior esquema de corrupção da história de Foz do Iguaçu, começou da mesma foram, com a investigação sobre um outro funcionário da prefeitura.