O jornal Gazeta do Povo, em matéria publicada ontem (19), informa que operações policiais nas fronteiras, como Hórus, Fronteira Sul, Ágata e a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com data e hora marcadas para começar e terminar, dão “férias” a criminosos e fortalecem as facções. Principalmente na Tríplice Fronteira, entre Brasil, Paraguai e Argentina, por ser considerada a mais vulnerável do Brasil para a entrada de armas, drogas e municões.
A matéria tem como base uma análise do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Barros, feita em novembro, no 10º Seminário Fronteiras do Brasil, realizado em Foz do Iguaçu.
Para o especialista, é essencial fazer uma reflexão do legado deixado por estas intervenções.
“E na hora que desmobilizar tudo isso, o crime vai voltar? É muito fácil ‘dar férias’ ao crime organizado quando você diz que isso tem prazo determinado”, afirma o especialista.
Conhecedor dos problemas enfrentados nos quase 17 mil quilômetros de fronteira, Barros considera que entraves transfronteiriços vêm se agravando, segundo informa o jornal.
“Temos situações importantes de cooperação e integração interagências, mas são muitos os desafios. Não temos condições de linearidade das operações. A gente precisa de um objetivo nacional que ancore todas essas ações de forma duradoura”, propõe Barros.
Resumo da ópera: essas operações têm de ser constantes ou, no mínimo, não serem divulgadas com antecedência, nem terem datas estipuladas.
Com informações do jornal Gazeta do Povo