As notícias que começaram a ser veiculadas desde a semana passada, em virtude do acordo sobre a tarifa de energia da usina de Itaipu, firmado com o Paraguai, mostram que a empresa parece uma máquina de bancar obras.
Além do anúncio da destinação de R$ 1,3 bilhão para bancar obras da COP30, em Belém, no Pará, agora o jornal Valor Econômico publica nesta quarta-feira, 15 de maio, que a Itaipu vai bancar a modernização do linhão de corrente contínua que liga Foz do Iguaçu (PR) a Ibiúna (SP).
Esse linhão, com 810 quilômetros de extensão, foi inaugurado em 1984 com finalidade de escoar a energia produzida pela usina e hoje é de responsabilidade da Eletrobrás, que está privatizada.
Vale lembrar que a Itaipu também já havia anunciado que vai arcar com o aumento da tarifa da energia produzida pela usina, de R$ 16,71/kW para US$ 19,28/kW, acordado com o Paraguai, para não repassá-lo aos consumidores brasileiros. (leiam AQUI)
Mas tem mais: nesta semana, a Itaipu da margem paraguaia também noticiou que irá arcar esse aumento do valor da tarifa, para não repassá-lo aos consumidores paraguaios (leia AQUI).
Mas de onde vem esse dinheiro?
Do bolso do consumidor brasileiro, que comprar a maior parte da energia da hidrelétrica.
O cálculo é simples: como a dívida da usina foi paga integralmente, não existe mais gastos com ela. Porém a empresa continua cobrando dos consumidores brasileiros uma tarifa calculada como se a divida ainda estivesse sendo paga. Ou seja: US$ 16,71/kW, quando deveria cobrar, no máximo, US$ 10/kW
Devido a isso, sobra dinheiro, e muito, em caixa.