Pai de deputado envolvido com tráfico foi acusado de liderar quadrilha, em 1987

Ulises Quintana, nos passos do pai. Foto:Rodrigo Villamayor\Última Hora

É de família! O jornal Última Hora desencavou a notícia de um jornal de Foz do Iguaçu (provavelmente), de 1987, de que a polícia paraguaia havia desbaratado uma quadrilha que seria liderada pelo “Doutor Quintana”.

Esse doutor, na verdade o advogado Cleto Fernando Quintana Gómez, “que chegou a ser juiz de Alto Paraná e perdeu o cargo por liberar supostos narcotraficantes”, como lembra o Última Hora, é pai do deputado Ulises Quintana, hoje acusado de tráfico de drogas, tráfico de influência, associação criminosa, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.

Quintana, que ainda não se apresentou à Justiça paraguaia, atuaria em favor do traficante Reinaldo Javier Cabaña, o Cucho, que sonhava em se tornar um novo Pablo Escobar. Ele e sua quadrilha estão presos.

Jornal brasileiro

Alguém sabe que jornal é este? Reprodução de publicação no Última Hora.

A notícia publicada pelo jornal brasileiro em 1987, reproduzida pela Última Hora, trazia a prisão de uma quadrilha acusada de sequestros, tortura, furtos e roubos, encabeçada – segundo o jornal – pelo pai do advogado Ulises Quintana.

A quadrilha teria ramificações no Brasil e Argentina, segundo a polícia de Presidente Stroessner (hoje Ciudad del Este).

“Segundo a polícia, o grupo foi autor de mais de 200 crimes, entre assaltos, furtos, estupros e outros”, disse a publicação brasileira.

O pai do deputado defendeu-se da acusação de envolvimento com o crime organizado, na época, dizendo que apenas atuava como advogado.

Exatamente o que o filho hoje diz aos que o acusam.

Marito “traidor”

A mulher do deputado Ulises Quintana, Mirtha Fariña Valenzuela, se diz “traída” pelo presidente Mario Abdo Benítes, “porque ele sabe que Ulises o ajudou todo este tempo e não o abandonou aqui em Alto Paraná”.

Ela afirma que Ulises foi um importante apoio político na campanha do atual governador de Alto Paraná, Roberto González Vaesken, e atribui as acusações ao marido a uma perseguição política.

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