O Paraguai continua em primeiro lugar, na América Latina, em clima de negócios, segundo a pesquisa trimestral “Sondagem Econômica da América Latina”, da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.
Com 123,5 pontos, o índice de clima de negócios no Paraguai teve uma ligeira subida em relação à pesquisa de maio.
O Brasil avançou bastante (32,7 pontos) e atingiu 91,7 pontos, mas permanece na zona desfavorável para negócios (precisa pontuar bem acima de 100). O Uruguai está com pontuação próxima à do Paraguai. Já a Argentina subiu de 106,1 em maio para 112 em outubro e, com isso, passou do quarto para o terceiro lugar na lista de onze países pesquisados.
Mas o Paraguai, embora permaneça na liderança, ainda precisa enfrentar vários problemas para atingir um clima de negócios atraente para investidores estrangeiros. Entre eles, os principais são a falta de infraestrutura, a mão de obra não qualificada e a corrupção (a famosa coima ainda impera no país vizinho, infelizmente).
Os pontos positivos mais importantes do Paraguai são as baixas barreiras legais e administrativas para investimentos e a credibilidade da política monetária do Banco Central. Neste último caso, basta lembrar que o Paraguai mantém inflação baixa há muitos anos (e mais baixa ainda nos últimos).
O estudo da FGV também calculou o peso do Produto Interno Bruto de cada país no total da América Latina. Com crise e tudo, o Brasil representa 36,9% do PIB latino-americano; o México aparece em segundo, com 25,6%; e a Argentina em terceiro, com 10,1%.
Já o Paraguai ainda tem uma economia pouco representativa no contexto latino-americano: sua economia equivale a apenas 0,7% do total da região. Tem muito espaço para crescer.