Paraguai pede prisão de mais um libanês vinculado ao Hezbollah

Sobhi Mahmoud Fayad, em foto do site americano counterextremism, onde é apontado como alto funcionário e financiador do Hezbollah.O Ministério público do Paraguai pede a prisão do libanês Sobhi Mahmoud Fayad, de 53 anos, que mora (ou morava) em Ciudad del Este, que, como Assad Barakat, também é acusado de financiar o grupo Hezbollah.

O pedido de prisão, no caso de Fayad, é pela produção de documentos públicos de conteúdo falso. Leia-se: passaportes.

A exemplo de Barakat, Fayad era cidadão paraguaio desde dezembro de 1991, mas perdeu a naturalidade em 2006, depois que, em 2002, respondeu a um processo por evasão de impostos.

Mesmo assim, o libanês continuou obtendo carteira de identidade, passaporte paraguaio e antecedentes policiais, sem qualquer problema.

A promotora Irma Llano diz que, tanto Barakat como Fayad, têm como antecedentes mais chamativos a relação com o atentado às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.

Segundo ela, os dois haviam transferido uma grande quantidade de dinheiro ao Hezbollah, no Líbano, passando a ser considerados financiadores do grupo.

Cassinos

Barakat, nos últimos anos, fazia lavagem de dinheiro utilizando cassinos de Puerto Iguazú. Ele levava reais e fazia o câmbio em dólares no próprio cassino, saindo dali com dinheiro “limpo”.

Exatamente por essas operações de lavagem de dinheiro, o cassino ficou proibido de operar com câmbio. Por determinação da polícia, quem vai ao cassino com reais tem que fazer as apostas com moeda brasileira; em dólar, idem. Trocar a moeda lá dentro já não é possível.

Sair da versão mobile