A Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou hoje, 11, o Paraguai como “País livre de malária”.
É o primeiro país das três Américas que obtém esta certificação, desde a obtida por Cuba, em 1973 (o país voltou a registrar casos da doença anos mais tarde).
“As histórias de êxito como as do Paraguai demonstram que é possível conseguir. Se a malária pode ser eliminada em um país, pode ser eliminada em todos os países”, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Desde 2012 não houve nenhuma notificação de caso autóctone de malária. Em 2017, houve registro de cinco casos importados.
A OMS assinala que, desde 1950 até 2011, o Paraguai desenvolveu sistematicamente políticas e programas para controlar a malária.
Foi um grande desafio para a saúde pública do país, que registrou 80 mil casos dessa doença nos anos 1940.
No Brasil
Enquanto isso, no Brasil, o número de casos de malária voltou a subir, no ano passado, depois de seis anos em queda. Em 2017, foram 194 mil casos.
A malária é uma doença febril, transmitida pela picada de um mosquito infectado pelo Plasmodium, um parasita. Segundo a BBC, a principal forma da doença no Brasil é a vivax, mais branda, que oferece pouco risco de morte, ao contrário da forma mais comum nos países africanos.
Por aqui, 99% dos casos são registrados na Amazônia.