É, no título ficam a ironia e, por trás da ironia, uma crítica à hipocrisia: o Congresso do Paraguai aprovou projeto de lei que autoriza o governo a importar sementes de maconha e cultivar a planta para uso medicinal.
O assunto é sério e deu até no G1. A decisão do Congresso foi festejada por pacientes ou parentes de pessoas doentes que utilizam – hoje, de forma ilegal – a maconha medicinal como tratamento.
Num exemplo citado pelo G1, uma família pagava US$ 300 por mês pelo óleo de cannabis importado, para o tratamento de uma criança com síndrome de Dravet. Com a produção local do óleo, o custo será reduzido.
Tudo muito justo. O que intriga é saber que o Paraguai produz de duas a três grandes safras de maconha por ano e que cerca de 80% do que é cultivado atende o mercado consumidor brasileiro.
E vai importar semente…
“Cadê o prestigio para o produto nacional?”, pergunta um brasileiro com negócios (fora do ramo em questão) no Paraguai.