O Paraguai conseguiu passar – e bem! – ao largo da crise que assolou o Brasil nos últimos anos, e da qual ainda há ferozes resquícios. O país deve crescer no mínimo 3,7% este ano, mas poderá chegar até a 4,2% se a recuperação do Brasil for maior do que a prevista, como já sugerem economistas externos.
É o que aponta matéria publicada na edição desta segunda-feira do jornal La Nación. Um dos economistas ouvidos pelo jornal, Marlon Broncano, do BBVA Research, estima que a cada ponto percentual que o Brasil cresce, gera uma expansão entre 4 e 5 décimos de ponto percentual no Paraguai.
Por enquanto, está mantido o crescimento de 0,6% do PIB brasileiro, este ano, e de 1,5% para 2018, mas são estes números que podem apontar mais para cima, conforme previsões mais recentes.
No entanto, como alertou o economista, a recuperação brasileira não depende só de fatores econômicos, mas também da situação fiscal do país – que está bastante ruim – e do “ruído político”.
Na verdade, há o “risco positivo”, na expressão dele, de o Brasil crescer mais que o esperado.
O presidente do Banco Central do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos, diz que há indícios de recuperação do Brasil, o que poderá repercutir na economia local. “No entanto, é uma recuperação um pouco frágil. Eu gostaria que o Brasil se expandisse entre 2% e 3%, o que teria mais impacto (na economia paraguaia)”, afirmou.
Nós também, claro. Mas Brasília não ajuda.