O Parque Nacional do Iguaçu é, mesmo, uma “mina de ouro” (menos para Foz do Iguaçu), que o Não Viu? começa a desvendar. Vamos à história.
No dia 19 de fevereiro deste ano, o Não Viu? solicitou ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela arrecadação do parque, informações sobre o quanto foi arrecadado com ingressos no ano passado.
Pois bem, a resposta, como era de se esperar, só chegou ontem (28), quase três meses depois.
O que surpreendeu é o fato de que o valor dos ingressos arrecadados em 2017 somarem exatos R$ 14.487.882,07, enquanto que só o aluguel que o Hotel das Cataratas paga ao ICMBio soma cerca de R$ 10 milhões por ano. Esse valor poderá chegar a R$ 13,9 milhões, caso o governo ganhe um disputa judicial com o hotel e consiga elevar o valor do aluguel mensal para R$ R$ 1.161.331,00.
Conforme o blog publicou no dia 12 de março, a arredação total do Parque Nacional do Iguaçu nos últimos quatro anos, considerando todos os códigos de receita (ingressos, aluguel de lojas, concessão de passeios e restaurantes, por exemplo), foi a seguinte:
– 2015: R$ 26.685.700,33
– 2016: R$ 27.713.717,68
– 2017: R$ 29.514.008,95
– 2018 (janeiro e fevereiro): R$ 6.484.186,61
* Fonte dos Dados: SISGRU/2018
O pior em tudo isso é saber que, no meio de toda essa dinheirama, Foz do Iguaçu não fica com praticamente nada. Nem mesmo com dinheiro para duplicar a Rodovia das Cataratas, que irá beneficiar diretamente o próprio parque.
Prova: segundo o ICMBIo explicou ao Não Viu?, “para o Município de Foz de Iguaçu, nada é repassado, pois o Parque Nacional do Iguaçu pertence exclusivamente à União, nos termos do Art. 225, §1º, Inciso III da Constituição Federal; da Lei nº 9.985/2000 e do Decreto-Lei nº 1.035/1939”.