Passado o carnaval…
*Carlos Roberto de Oliveira
Quinta-feira modorrenta pós carnaval em que nem pista e tampouco galeria houve, até porque não há mais samba e a festa acabou, pois a realidade é outra e não há como mostrar, lamentavelmente, quem quer que seja desfilando numa passarela em que sequer há espaço para o lamento resignado do relacionamento finado como dito em “Quem te viu, quem de te vê”, permanecendo, tão somente, a expectativa de uma alternativa para preencher o vazio da falta de uma festa coletiva popular.
Daquela alegria do samba no pé, “da mulata assanhada”, do “quanto riso, oh, quanta alegria”, do “você era mais bonita das cabrochas desta ala”, das marchinhas cujas letras, muitas delas, traziam uma crítica social ou política, só restaram lembranças que, por sua vez, se perderam no tempo.
Mas, e daí, sai da minha frente que eu quero passar… nem tudo está perdido, ainda há esperança, e com ela… o mês de outubro, e este oferece uma festa alternativa maravilhosa e, afinal, Marechal Candido Rondon está próximo e, para quem tem um recurso maior, Blumenau é logo ali, salve a Oktoberfest.
A propósito, e por que não em Foz do Iguaçu?
Com uma ressalva, sem essa de Oktoberfest em ambiente fechado como que querendo elitizar, tem que ser na rua, e de preferência com o bloco dos sujos – não como na canção de carnaval em que o bloco era só do sujo – e cantando, em português, obvio, o “Olha o Bloco dos Sujos, que não tem fantasia, mas que traz alegria … pra beber, dançar e, quem sabe, encontrar algo perdido, nem que seja de maneira fugaz …
*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu