Passeio em Copacabana

Todas as vezes que vou lá, me reservo o direito de fazer um passeio para mim, até a fim de não perder a vivência com a terrinha

Foto ilustrativa: Pixabay

Passeio em Copacabana

*Por Carlos Galetti

Como vocês sabem estive no Rio de Janeiro em março, passeio que, normalmente, faço em janeiro; mas, ainda premido pelos problemas pandêmicos, somente fui em março.

Todas as vezes que vou lá, me reservo o direito de fazer um passeio para mim, até a fim de não perder a vivência com a terrinha. Dessa feita resolvi visitar o bairro de Copacabana, talvez um dos logradouros mais tradicionais do Rio.

Em Copacabana, vemos pessoas caminhando, iniciando o dia, enquanto vemos pessoas na famosa saideira de fim de noite, isso às 0900hs da manhã. Certamente é o bairro mais charmoso do estado, encontramos jovens de 14 a 90 anos, curtindo o sol que começa a nascer, uns sob o suor do exercício físico, outros sob a penumbra da fumaça do baseado.

Para chegar aqui peguei um BRT, ônibus articulado, na Taquara, até o bairro de Madureira, onde peguei um trem até a Estação Central do Brasil, embarcando lá no metrô, indo até Copacabana. Vale dizer que era domingo, um lindo dia de sol e, sem pressa.

Soltando na Estação do metrô Copacabana, caminho pela Visconde de Santa Isabel, desembocando na praia de copa, como também é conhecida, estando na divisa do Leme e Copacabana, bem próximo do Copacabana Palace, um dos hotéis mais luxuosos do país e do mundo.

Começo a caminhar e observo como o índice de pessoas velhas é grande, confirmando o que dizem, que Copacabana é um dos lugares de maior concentração de pessoas antigas do mundo.

Enquanto ando, observo o mar e as pessoas, observo uma senhora que vem em direção contrária; chegando perto, seu chapéu pega uma lufada de vento e voa, obrigando-me a salvar o chapéu da senhorinha.

Após uma corrida entediante, consigo recuperar a cobertura da gentil senhora, que insiste em agradecer e conversar, falando da experiência dos seus 85 anos, conseguindo me livrar a duras penas, depois de várias tentativas.

Cheguei ao Arpoador, divisa com Ipanema, hora de voltar; muito foi visto, mais alguma coisa apreendida, a muvuca já começa a se formar, o bairro já acordou de fato, o morro desce, os suburbanos chegam e os moradores se escondem, só frequentando os lugares seguros.

Vou usar um transporte que liga o Arpoador à Estação do Metrô Copacabana. Vou fazer o caminho de volta, só que vou passar no bairro onde morei no passado, alguns amigos me esperam pra tomar umas geladas.

Devagar se vai ao longe, já dizia a minha avó. O Metrô vai me levar direto à Tomás Coelho, fazendo somente uma mudança de composição em Maria da Graça. Fácil demais.

Fui!

Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

 

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