Pedágio no Rio Paraná: Brasil, Paraguai e Bolívia dão um ultimato à Argentina

Os argentinos impuseram, unilateralmente, a cobrança de um pedágio no valor de US$ 1,47 por tonelada de produtos transportados num trecho de 550 quilômetros do Rio Paraná

Paraguai, Brasil, Bolívia e Uruguai ratificaram nesta quarta-feira sua rejeição ao pedágio imposto pela Argentina no rio Paraná. Foto: @MOPCparaguay.

Paraguai, Brasil, Bolívia e Uruguai ratificaram ontem (30) o repúdio ao pedágio imposto pela Argentina no Rio Paraná e pediram ao governo do país vizinho que suspenda sua aplicação, até que demonstre serviços efetivamente prestados à navegação que justifiquem a medida.

A ratificação da rejeição do pedágio imposto pela Argentina ocorreu durante a XLIX Reunião do Comitê Intergovernamental da Hidrovia Paraguai-Paraná, realizada em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.

Os países participantes também exigiram que a Argentina garantisse a liberdade de navegação, a liberdade de trânsito e se abstivesse de adotar outras medidas restritivas à navegação.

No final do encontro, ficou acertado que os argentinos terão de apresentar uma explicação plausível para essa cobrança em 60 dias, quando será realizada uma reunião extraordinária do comitê.

Em 2022, os argentinos impuseram, unilateralmente (veja aqui), a cobrança de um pedágio no valor de US$ 1,47 por tonelada de produtos transportados, em sua maioria grãos da safra paraguaia, no trecho de 550 quilômetros do Rio Paraná que faz divisa entre a Argentina e o Paraguai.

Porém, o conflito se intensificou depois que a Argentina reteve um rebocador paraguaio, exigindo o pagamento de US$ 4.232,13. O rebocador paraguaio ficou retido por cerca de 10 dias e precisou fazer o pagamento para ser liberado.

A retenção ocorreu no porto de San Lorenzo, província de Santa Fé, Argentina. Da mesma forma, a Argentina também manteve um rebocador de bandeira boliviana.

Com informações do jornal UltimaHora

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