Pedágio: os números da “herança maldita” deixada para os iguaçuenses

Foto: reprodução do Paraná TV

O tempo passa, o tempo voa… e as tarifas de pedágio continuam numa boa. Pelo menos, até agora.

Desde ontem (22), a mais nova fase da Operação Lava Jato pode revelar números tenebrosos sobre a cobrança desse “tributo” disfarçado, criado pelo ex-governador Jaime Lerner, em 1995, sob a alegação de recuperar as estradas esburacadas e abandonas no Paraná.

Engessadas por contratos draconianos, assinados por Lerner, as tarifas de pedágio cobradas atualmente no Paraná são as mais caras do Brasil e, além de tudo, não correspondem, nem de longe, aos benefícios que as concessionária deveriam reverter para população com o dinheiro arrecadado. Só para lembrar: a duplicação do trecho entre Foz e Cascavel já deveria ter sido feita há anos.

Hoje (23), uma reportagem do Paraná TV 1º Edição, da RPC,  com base num relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), de 2013. mostrou parte dos números que a concessionária Ecocataratas teria cobrado a mais para administrar o trecho da BR-277 que corta a região Oeste do Paraná até Foz do Iguaçu. Vamos a eles:

R$ 347,609 milhões

é valor do “desequilíbrio” financeiro, descoberto pelo tribunal, em favor da concessionária Ecocataratas.

31,90%

é a porcentagem cobrada a mais, incluída nas tarifas do pedágio da Ecocataratas, segundo o TCU.

A reportagem também mostrou um jogo de empurra para todos os lados. Parece que ninguém tem culpa de nada. Os telespectadores viram uma verdadeira esquadrilha de “querubins” justificando o que, ao que tudo indica, parece injustificável.

Obrigado, Jaime Lerner!

 

Sair da versão mobile