O Lago de Itaipu está abrindo uma nova fonte de renda para pescadores profissionais e até empreendedores.
Em entrevista ao Jornal da Cultura, nesta segunda-feira (30), o pescador profissional Estevam Martins de Souza, há 40 anos exercendo essa atividade em Foz do Iguaçu, revelou que produziu, em 2022, uma média entre 45 e 60 toneladas de peixes em tanques-rede, nas águas do Lago de Itaipu.
A título de comparação, tal produção superou, em muito, a atividade da pesca profissional extrativista, que lhe rendeu 1,5 toneladas no mesmo período.
Apesar de parecer fácil, a nova atividade econômica requer conhecimento e muita dedicação, segundo ele.
“No caso da minha família, nós tivemos de estudar e conhecer todos os elos da cadeia produtiva, como a comercialização e o abate, para a gente se movimentar economicamente e conseguir um equilíbrio financeiro, com responsabilidade e qualidade”, contou.
Atualmente, ele e sua família se dedicam à produção de tilápias (50% da produção), pacus e piaparas.
No tocante às tilápias, ele aprimorou a comercialização a ponto de conseguir aproveitar economicamente 100% delas da seguinte forma:
- Entre 35% e 40% se tornam filé;
- Cerca 20% se tornam bolinhos de peixes, a partir da retirada mecanizada da carne das carcaças;
- O que resta é torrado e se transforma em ração.
No momento, Estevam está desenvolvendo experimentos com a espécie jundiá. Ele produziu 200 quilos da espécie em 2022 e pretende produzir 800 quilos em 2023.
Vale a pena conferir a entrevista de Estevam clicando aqui.