PF deflagra operação para combater o crime organizado no Terminal Portuário de Paranaguá

Os investigados são responsáveis por fornecer informações privilegiadas sobre posições, rotas e cargas dos contêineres

Porto Paranaguá

Porto de Paranaguá. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram hoje (28/1) a Operação Reach Stackers, que tem como objetivo desarticular grupos criminosos que atuam dentro do terminal portuário de Paranaguá/PR. O grupo operacionalizava e promovia a remessa de carregamentos de cocaína para o exterior em contêineres, sem o conhecimento do exportador, na modalidade conhecida internacionalmente como “RIP ON/RIP OFF”.

Foram expedidos 8 mandados de prisão temporária e 9 mandados de busca e apreensão, para cumprimento nas cidades de Paranaguá/PR, Matinhos/PR e Piraquara/PR. Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis e bloqueio de valores existentes em contas bancárias e de aplicações financeiras.

Trata-se de desmembramento da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal, no dia 23/11/2020, em diversos Estados da Federação e no exterior, para combater um conglomerado de organizações criminosas especializado em tráfico internacional de drogas.

Os investigados são responsáveis por fornecer informações privilegiadas sobre posições, rotas e cargas dos contêineres, para subsidiar organizações criminosas em ações no Porto de Paranaguá, além de movimentarem os contêineres de forma a possibilitar a inserção dos carregamentos de cocaína dentro do pátio do terminal portuário. As ações criminosas ocorriam de forma dissimulada e sem o consentimento da administração do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que auxiliou no desenvolvimento das investigações.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, com penas que podem chegar até 25 anos de reclusão para cada ação perpetrada, bem como pelos crimes de organização criminosa e de associação para o tráfico, que podem chegar a 24 anos de reclusão.

Com informações da PF

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