E agora, como pré-candidato do PSDB a deputado estadual, vem disposto a mostrar que é possível conectar os eleitores e os políticos, que, no seu entender, “atuam desconectados do povo”, como ele disse ao Não Viu?
Para ampliar esta conexão, além de suas andanças nos bairros para ouvir a população, Phelipe acaba de lançar uma plataforma digital em que as pessoas podem apontar o que consideram os principais problemas da cidade e da região.
De posse destes dados, se eleito, Phelipe promete elaborar projetos de leis, quando for o caso, que venham em favor dessas reivindicações; e ser um articulador, junto ao governo do Estado, na busca de soluções para os problemas apresentados pela população.
A plataforma digital (no endereço http:\\phelipemansur.com.br\projeto-democracia-pura) vem ao encontro do conceito de Democracia Pura, do qual Phelipe é adepto. Por esse conceito, pra resumir numa só frase, o povo participa diretamente dos processos decisórios.
A plataforma foi desenvolvida ao longo de mais de um ano, conta Phelipe. E servirá de base, como pré-candidato e, depois, como deputado (se eleito), “para saber o que a população espera do setor público e dos políticos”.
Crise econômica
Mas Phelipe já tem certeza sobre qual é um dos graves problemas de Foz do Iguaçu, que agrava a situação em várias áreas: “a crise de desenvolvimento econômico, que afeta os empregos e a quantia de dinheiro que o iguaçuense tem no bolso”.
Ele acredita que a crise teve início com o aumento da repressão ao contrabando, quando Foz passou a perder moradores e diminuiu o dinheiro em circulação.
No ciclo do contrabando, diz, o cidadão, quando estava sem recursos, atravessava a Ponte da Amizade e trazia muamba do Paraguai. Com o dinheiro, passava a semana.
“Nós não conseguimos transformar este setor informal em formal”, diz o pré-candidato a deputado estadual. E, por consequência da falta de desenvolvimento econômico, agravou-se a crise na saúde e na segurança pública.
Na saúde, porque, sem dinheiro, as pessoas adoecem mais e não contam com planos de saúde. Na segurança, porque “diminui a esperança das pessoas excluídas”, o que é um passo para a marginalidade.
Soluções? Fortalecer ainda mais o turismo, por exemplo, vocação natural de Foz. Embora ele reconheça que o setor vem sendo bem trabalhado pelo ‘trade’, esse esforço “não é suficiente para contrapor à crise”.
Outra solução é “focar na infraestrutura de Foz do Iguaçu”, aproveitando que a cidade, geograficamente, já é um “hub” da América do Sul. A infraestrutura, lembra, gera empregos desde sua instalação até quando está concluída, o que contribui para melhorar o setor de serviços, desenvolver o mercado e outros benefícios.
Em relação às free shops, Phelipe é favorável, porque vão atrair investimentos de fora e também gerar investimentos de grupos da própria cidade. Mas ele ainda não tem opinião formada sobre qual o melhor formato para as free shops, o que vai exigir “discussões mais profundas” por parte da sociedade.
A plataforma
Ainda sobre a plataforma digital. Ao acessar o endereço, a pessoa encontra um recado de Phelipe e sete links (saúde, segurança, transporte e mobilidde, educação, emprego e desenvolvimento econômico, lazer e combate à corrupção).
Ao acessar um desses links, a pessoa tem várias opções para apontar do que considera prioridades. Depois, pode ainda escrever sobre o que pode ser melhorado dentro daquilo que apontou como maior problema dentro do setor escolhido.