Polícia Científica do Paraná conclui trabalhos no acidente aéreo de Vinhedo

As apurações relacionadas às causas do acidente estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)

Entrevista coletiva na Secretaria Estadual de Segurançna Pública (Sesp). Com a palavra o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira. Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

A Polícia Científica do Paraná enviou no domingo (11), para a São Paulo, todo o material genético coletado junto a 30 famílias de vítimas do acidente aéreo com um avião da Voe Pass ocorrido na última sexta-feira (9) em Vinhedo (SP).

O envio de 31 amostras de DNA e 19 documentações odontológicas de familiares marca a conclusão dos trabalhos do órgão paranaense no auxílio à identificação das vítimas, cabendo às forças de segurança pública de São Paulo a finalização do processo, com a consequente liberação dos corpos para traslado.

O avião da Voe Pass partiu do aeroporto de Cascavel com destino à Congonhas na sexta-feira, mas acabou caindo na cidade de Vinhedo no início da tarde, resultando na morte dos 58 passageiros e dos quatro tripulantes que estavam a bordo.

As apurações relacionadas às causas do acidente estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), com previsão inicial de serem finalizadas em 30 dias, cujo prazo pode ser prorrogado. Paralelamente, a Polícia Civil de São Paulo também instaurou um inquérito policial.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (12), o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, informou que um levantamento preliminar da Polícia Civil do Paraná identificou que 29 das vítimas possuem CPF emitido no Estado. Isso não significa, porém, que elas necessariamente residiam no Paraná neste momento.

O Estado também disponibilizou aeronaves se precisar auxiliar no traslado dos corpos.

Teixeira também atualizou o trabalho de identificação dos corpos, que está sendo conduzido pela Polícia Científica de São Paulo. Todos eles já passaram pelo exame de necropsia, dos quais 17 foram identificados. Em relação aos demais, ainda faltam documentos das famílias para liberação dos corpos no IML. “A liberação depende dessa identificação e também de documentos exigidos dentro do processo legal neste tipo de desastre”, disse o secretário de Segurança Pública do Paraná.

De acordo com o diretor Operacional da Polícia Científica, Ciro Pimenta, a coleta do material genético pela equipe paranaense tem ajudado na celeridade do processo de identificação e liberação dos corpos das vítimas.

“Todos os corpos foram rapidamente transportados do local do acidente para o Instituto Médico Legal (IML) e passaram pela necropsia. Com o fim da etapa de medicina legal no Paraná e em São Paulo, resta a conclusão dessa identificação para que as famílias possam prestar as suas últimas homenagens”, esclareceu.

Sair da versão mobile