O governo argentino oficializou uma norma que permite às forças de segurança atirar contra pessoas que tentam fugir depois de receber voz de prisão.
A medida, anunciada pela ministra de Segurança, Patricia Bullrich, foi rechaçada por várias entidades que defendem os direitos civis.
A ministra disse que, desde que o governo de Mauricio Macri assumiu, está mudando a filosofia em relação ao trabalho da polícia.
“Esse foi um compromisso que assumimos com nossos eleitores: a luta contra o narcotráfico, a luta para ter mais segurança e a luta para que a figura central seja a vítima, não o criminoso”, afirmou.
A nova norma já ganhou o apelido de “Doutrina Chocobar”, nome de um policial de Avellaneda que matou pelas costas um delinquente de 18 anos, quando ele estava fugindo.
Por esse caso, Escobar enfrentará em poucas semanas um juízo oral, sob acusação de homicídio.
Movimentos sociais, organismos de direitos humanos e forças políticas argentinas repudiam a norma, por entender que pode provocar abusos por parte da polícia.
Mas Patricia Bullrich diz que “a força de segurança tem que ter a capacidade de agir para defender a sociedade. Se o regulamento permite que (o policial) defenda só a si mesmo e não defender a terceiros, então não é polícia”.
Fontes: El Independiente Iguazú e La Nación