Autoridades paraguaias investigam a acusação de que uma venezuelana foi explorada durante quase um ano pelo dono de um restaurante em Ciudad del Este.
Segundo a denúncia, a mulher não ganhava nada para trabalhar e ainda era maltratada psicologicamente pelo italiano Giorgio Baroni, dono do restaurante “Giorgio”, localizado no bairro Boquerón, segundo informa o jornal Vanguardia.
A denúncia foi feita por uma brasileira, com quem a venezuelana R.L., 54 anos, conseguiu contatar por meio do WhatsApp, com a ajuda de um compatriota.
A vítima conheceu Giorgio Baroni (70 anos) pelo Facebook e ele lhe ofereceu passagem para vir da Venezuela e prometeu emprego de babá em sua residência.
Ela chegou acompanhada de uma amiga, que ficou em Ciudad del Este apenas durante um mês. Nesse período, segundo a vítima contou à polícia paraguaia, ele se comportou bem e ainda disse que, mais para a frente, poderia trazer as filhas dela e um neto.
Mas, passado algum tempo, ele já não estaria mais pagando pelo trabalho e estaria deixando-a sem comida e sofrendo maltratos psicológicos.
Agentes do Grupo contra o Crime Organizado da Polícia Nacional e do Ministério Público foram nesta terça ao restaurante e à casa do italiano, para resgatar a venezuelana, que será encaminhada a Assunção, aos cuidados da Unidade Técnica Especializada na Luta contra o Tráfico de Pessoas.
Da casa de Barone, a fiscalização apreendeu um telefone celular, um notebook e uma arma de fogo sem documentação.
Ele foi intimado a prestar esclarecimentos. Segundo a promotora Analía Rodríguez, o italiano nega todas as acusações. “Mas “o certo é que o homem tinha (a venezuelana) em sua casa, de forma ilegal, há vários meses”.