As obras da ponte Bioceânica, que ligará as cidades de Carmelo Peralta, no Paraguai, e Puerto Murtinho, no Brasil, ganham impulso com a execução das fundações, pilares, vigas e cabeceiras em ambas as margens do rio Paraguai.
A ponte é crucial para o chamado Corredor Bioceânico, que dará acesso para o Brasil chegar até o oceano Pacífico, no Chile.
O trabalho envolve cerca de 500 profissionais, entre paraguaios e brasileiros, informou o Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC).
Sobre o andamento dos trabalhos, o engenheiro de produção do consórcio responsável pela obra, Pedro Martínez, disse que, do lado brasileiro as fundações já foram concluídas, assim como as cabeceiras do lado paraguaio, onde já foi iniciada a construção dos pilares que sustentará os cabos da parte estaiada.
Outra novidade refere-se ao início da montagem do guindaste que será usado para a construção desses pilares do lado paraguaio. Ele tem 130 metros de altura, raio operacional de ação de 40 metros e capacidade de 2.500 quilos no topo.
“Este guindaste servirá como suporte para a elevação e descida de materiais e das ferramentas que utilizamos. Outro, com as mesmas características, será instalado posteriormente no lado brasileiro”, destacou Martínez.
A ponte Bioceânica está 35% concluída, é financiada pela Itaipu Binacional, lado paraguaio, e é uma contrapartida à Ponte da Integração, que liga as cidades de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Presidente Franco, no Paraguai, também construída com recursos da Itaipu, mas do lado brasileiro.
Terá uma extensão de 1.294 metros, dividida em três partes: duas delas se constituirão nos viadutos de acesso, em ambas as margens do rio, e uma corresponderá à parte estaiada, com 632 metros, com vão central de 350 metros.
O Consórcio PYBRA, formado por Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade, é responsável pela execução com supervisão do Consórcio Prointec; tudo isto sob a gestão do Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC).