Ponte que dará acesso ao Brasil até o oceano Pacífico enfrenta novo desafio

A nova ponte vai ajudar a desatar o principal nó do Corredor Rodoviário Bioceânico, e já vem sendo considerada o “novo Canal do Panamá terrestre”

A ponte já está 30% concluída. Foto: MOCP

Estão quase definidos os últimos detalhes para o início da construção do trecho estaiado da ponte Bioceânica que ligará as cidades de Carmelo Peralta (PY) e Puerto Murtinho (BR). De acordo com o gerente de produção responsável pela obra, Carlos Fleitas, esse é o novo desafio de construção do Consórcio PYBRA.

“Os pilares mestres têm 140 metros de altura e a altura em si é um desafio enorme. Vamos usar tensores que vão apoiar a parte suspensa da própria ponte e os carros de avanço especiais que vão permitir a concretagem sem ter que fazer uma ponte intermediária”, explicou.

Fleitas disse também que a estrutura será totalmente suspensa, aproveitando a largura do rio e considerando a quantidade de barcaças que circulam pelo local. “Não pretendemos mexer no leito do rio em si, justamente para que a produção permaneça fluida e que a passagem das barcaças não seja prejudicada”, destacou.

Sobre as novas tecnologias usadas na construção e a estrutura da ponte, ele falou que não são muito utilizadas no país, mas que obras como a construção da Ponte de Integração (ligando Porto Franco a Foz do Iguaçu) e a Chaco’i, a Ponte Heróis do Chaco, têm ajudado a qualificar os trabalhadores paraguaios.

A Ponte Heróis do Chaco vai cruzar o rio Paraguai, ligando a capital paraguaia, Asunción, à localidade de Chaco’i, que pertence ao distrito de Villa Hayes, na Região Ocidental do país vizinho. A estrutura, considerada a maior ponte da capital do Paraguai, irá ajudar a descongestionar o trânsito na Ponte Remanso.

Fleitas também destacou a importância desta nova união física com o Brasil, uma vez que a nova Ponte vai ajudar a desatar o principal nó do Corredor Rodoviário Bioceânico, e já vem sendo considerada o “novo Canal do Panamá terrestre”.

A obra – O empreendimento é financiado pela Itaipu Binacional (lado paraguaio). A ponte – que tem mais de 35% de progresso global – terá uma extensão de 1.294 metros, divididos em três trechos: dois constituirão os viadutos de acesso em ambas as margens do rio e um corresponderá à parte estaiada, com 632 metros, com vão central de 350 metros.

A obra vem sendo conduzida pelo Consórcio PYBRA formado pelas empresas Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade. A fiscalização é de responsabilidade do Consórcio Prointec e a gestão é do Ministério das Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC).

Trajeto de acesso da ponte até o oceano Pacífico. Ilustração: MOPC

Com informações da Agência IP

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