Por onde andará Rosa Maria?

Sempre a perambular pelos inebriantes caminhos da inconsequência

Foto: Pixabay

Rosa Maria

*Carlos Roberto Oliveira

Por onde andará Rosa Maria, que de tanto buscar pelos prazeres da vida, se exauriu cansada pelo esforço vil?

Sempre a perambular pelos inebriantes caminhos da inconsequência – enquanto na fase do viço – não se ateve às cobranças inexoráveis que o tempo traz e pelas quais exige respostas.

Confusa e insegura em suas decisões, herança de uma infância cuja única esperança era a de se tornar mulher, carregava consigo – de forma calculista – a determinação de realização pessoal que, pela falta de melhor orientação, a impedia compreender, como diz o poeta, de que “são demais os perigos desta vida”.

E assim, refém de um sentimento de frustração, fato este devido à carência de valores recebidos, optou, em um determinado momento de sua vida, e já na fase adulta, por transformar sua realidade, radicalizando seu comportamento na busca de um equilíbrio existencial.

Faltou-lhe, todavia, discernimento para tanto, pois incapaz de dimensionar a extensão de um envolvimento com aspectos relacionados à transcendência, adveio-lhe o conflito que a levou a um distúrbio mental cujas consequências foram determinadas pelo recolhimento forçado para uma recuperação neuropsicológica.

Oxalá tenha Rosa Maria, pelas experiências vividas, adquirido, pós tratamento, o que mais lhe faltou na vida, o autorrespeito, não se tornando mais uma… “niilista”.

*Carlos Roberto de Oliveira é empresário do ramo de logística em Foz do Iguaçu.

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