Porta-voz de taxistas e ‘remiseros’ de Puerto Iguazu comenta “duríssimo artigo” de Não Viu?

Esta ponte deve unir, não desunir. Foto: Horacio Cambeiro, Wikimedia

O porta-foz dos taxistas e remiseros (motoristas que transportam turistas) de Puerto Iguazú, Fredy Ríos, procurou o portal El Independiente Iguazú para comentar o “duríssimo artigo” publicado no Não Viu? (é este: https://www.naoviu.com.br/foz-pede-puerto-iguazu-deixe-adotar-medidas-prejudicam-turismo/).

A matéria do nosso blog, baseada em documentos enviados pelo setor de turismo de Foz do Iguaçu a autoridades de Puerto Iguazú e ao embaixador do Brasil na Argentina, comenta que os argentinos da fronteira não estavam respeitando acordos binacionais entre os dois países e entre as duas cidades, “indo contra as boas práticas do turismo”, como afirmou o secretário municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla.

No documento, é enumerada uma série de medidas adotadas contra brasileiros, como a cobrança de taxas feitas por motoristas de táxis e de remises argentinos aos seus colegas de Foz, quando eles vão buscar passageiros no aeroporto de Puerto Iguazú; a cobrança de taxa ecoturística feita também apenas para condutores e passageiros que transitam na cidade vizinha; e, entre outras queixas, a restrição ao uso de estacionamentos do centro de recepção de visitantes do Parque Nacional Iguazú por veículos de agências de turismo de Foz.

O documento traz ainda uma série de outras imposições feitas por Puerto Iguazú, que prejudicam os taxistas e motoristas de veículos que transportam turistas.

Contraponto

Manchete do El Independiente Iguazú

Os taxistas de Puerto Iguazú, segundo El Independiente Iguazú, contestaram o documento, reclamando que “há três anos os taxistas e remiseros de Puerto Iguazú não podem trabalhar de forma harmoniosa em Foz”.

Ele dizem que “são incontáveis as vezes que as autoridades da dita cidade (Foz) deixaram a pé os turistas e o motorista, com a retenção do veículo”.

Eles dizem que também são maltratados por essas autoridades quando tentam se manifestar ao serem parados em algum controle.

“Seria interessante ver e analisar todos os aspectos antes de emitir anúncios que não ajudam, já que em Puerto Iguazú jamais fecharemos as portas a ninguém, se podemos ter reciprocidade, mas Deus queira que ilumine nossos representantes para que busquem uma solução que beneficie a todos, e não somente um grupinho”.

“Desculpas”

Fredy Ríos, o porta-voz dos motoristas argentino, pediu “desculpas” aos companheiros da associação de taxistas de Foz “se alguém se sentiu ofendido”. E concluiu: “Somos irmãos nas três fronteiras e devemos cuidar e lutar pelo que é nosso.”

A matéria do El Independiente Iguazú, com o título de “Tensão na fronteira pela regulamentação para os veículos de turismo”, abre já com a polêmica do Uber. É que foi aprovada uma portaria, pelo Conselho Deliberativo local, em relação ao uso do aplicativo.

Mas, segundo taxistas e motoristas de veículos de turismo, “o Uber não está legalizado em Puerto Iguazú”. A portaria, na verdade, é para permitir a retenção dos que trabalham com o aplicativo, sejam brasileiros ou argentinos.

Leia no original: https://elindependienteiguazu.com/?p=10107

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