Notícia positiva é o forte do Não Viu? (embora por aqui também passem muitas broncas).
A positiva de hoje, quinta (16), é o reconhecimento ao Grupo Cataratas (que administra a parte turística do Parque Nacional do Iguaçu) pelo Guia Exame Sustentabilidade 2017 às boas práticas em dez áreas-chave: Direitos Humanos; Relação com a Comunidade; Relação com Clientes; Gestão de Fornecedores; Gestão de Água; Gestão da Biodiversidade; Gestão de Resíduo; Governança de Sustentabilidade; Mudanças Climáticas; e Ética e Transparência.
Confira o texto da reportagem do Guia Exame 2017:
“O turismo se torna um aliado da biodiversidade
Grupo Cataratas e Grupo Rio Quente viram referência com soluções sustentáveis para problemas reais
Os parques nacionais do Iguaçu, no Paraná, da Tijuca, no Rio de Janeiro, e de Fernando de Noronha, em Pernambuco, recebem 3,5 milhões de visitantes por ano. Os três parques são administrados pelo Grupo Cataratas, pioneiro na assinatura de contratos com o Estado para oferecer ao público experiências ligadas à natureza. O acordo com o poder público prevê a exploração de certas atividades econômicas nos parques, como a cobrança de ingressos e a venda de souvenires, em troca da administração das áreas.
Na prática, a concessionária absorve os gastos que seriam de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela gestão dos parques nacionais. “Aliviamos o caixa do governo para que o órgão se dedique à sua função principal, que é proteger a natureza”, diz Bruno Marques de Oliveira, presidente do Grupo Cataratas.
No Parque Nacional do Iguaçu, uma unidade de conservação com 185 000 hectares (maior do que a cidade de São Paulo, que tem 152 000 hectares), o limite de atuação do Cataratas, definido no contrato de concessão, não passa de 3% da área total. Além de controlar os serviços de bilheteria, o Cataratas realiza o atendimento aos visitantes oferecendo transporte interno, estacionamento, ambulatório e restaurante. É responsável também pela limpeza das áreas de visitação e pela gestão dos impactos causados pela presença do público. A ideia básica é tornar a experiência com a biodiversidade uma atividade lúdica, transformando visitantes e comunidade em aliados na conservação da biodiversidade.
“A regularização da atividade em áreas protegidas contribui para a preservação da fauna e da flora locais”, afirma Marques de Oliveira. Como exemplo, ele cita o crescimento da população de onças-pintadas, espécie que está na lista de animais ameaçados de extinção. Em relação a 2014, houve um aumento de quase 40% no número desses animais no Parque Nacional do Iguaçu.
Outro aspecto positivo das concessões está nas receitas geradas pelo turismo para o município em que o parque está sediado e para as cidades no entorno. Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro estima que o impacto do Parque do Iguaçu na economia local é superior a 40 milhões de reais por ano. “Nossas compras são regionais e vêm de 500 microempresas no entorno do parque”, diz Fernando Henrique de Sousa, diretor de sustentabilidade do Cataratas. “Compramos de tudo: das lâmpadas à alimentação vendida aos turistas”.