Pra aprender a fazer pontes, alunos vão usar macarrão em concurso da Unila

Se for pra cair, que seja ponte de macarrão. Vai valer o aprendizado.

Viaduto cede em São Paulo; viaduto cai em Brasília. O que acontece com a engenharia brasileira? Ou com as empresas brasileiras de construção civil?

As respostas ficam para os especialistas. O importante, de fato, é aprender bem em sala de aula. Melhor ainda se, durante o curso de engenharia, houver muita prática.

Fazer uma ponte de macarrão pode parecer brincadeira. Mas é, na verdade, uma boa prática para pôr em prova os conhecimentos adquiridos em sala de aula, como informa a Unila.

O curso de Engenharia Civil da Unila está organizando o 1° Concurso de Pontes de Macarrão, por meio do Projeto de Educação Tutorial (PET). O concurso será no dia 22 de novembro, às 13h, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) – bloco 3, espaço 3, sala 3.

Esse tipo de concurso de ponte de macarrão já é tradicional na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A foto que ilustra a matéria vem de um vídeo feito na instituição.

Com peso

Onde entra a dificuldade? Não basta construir a ponte com macarrão (definido como espaguete número 7) e cola. Ela tem que aguentar peso, o máximo possível.

A ponte deverá ter um vão livre entre 1m e 1,10m e peso máximo de 1kg, com sistema estrutural chamado de treliças.

“O desafio é que a ponte suporte a maior carga com o menor peso de estrutura”, explica o professor Ulises Bobadilla Guadalupe, coordenador do projeto.

Primeiro, será aplicada uma carga de 5kg. Se após 20 segundos a ponte não apresentar danos estruturais, ela será considerada habilitada no teste de carga mínima.

As cargas posteriores serão aplicadas em incrementos definidos pela comissão organizadora. Será exigido um mínimo de 10 segundos entre cada aplicação de nova carga.

A ponte vencedora será aquela que atingir a maior pontuação na relação entre carga de ruptura e peso da estrutura. A comissão que avaliará as pontes será formada por docentes do curso de Engenharia Civil de Infraestrutura da Unila.

Podem participar acadêmicos da Unila e da Unioeste que estudam nas dependências do PTI. As equipes devem ser formadas por no mínimo três e no máximo cinco estudantes. O regulamento pode ser acessado em goo.gl/AYLWEx.

Entre os objetivos da atividade estão o de promover a integração entre os estudantes como forma de trocar conhecimento e enriquecer a formação acadêmica e estimular a aplicação de conhecimentos básicos de mecânica, análise estrutural e resistência dos materiais para resolver problemas de engenharia.

Se a melhor ponte de macarrão resistir ao maior peso possível, quem a construir certamente estará habilitado, na vida real, a fazer pontes que não cedam nem caiam. É o mínimo que se espera.

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